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    CRÍTICA – John Cena e Idris Elba são pura simpatia em Chefes de Estado

    Chefes de Estado (Heads of State), novo filme original do Prime Video lançado em 2 de julho, tem um elenco e tanto. Protagonizado por John Cena e Idris Elba, a produção conta também com Jack Quaid, Paddy Considine e Priyanka Chopra Jonas, para citar alguns.

    Dirigido por Ilya Naishuller (Anônimo), Chefes de Estado conta a história de uma grande conspiração global que envolve diretamente Will, o presidente dos EUA (John Cena), e Sam, o primeiro-ministro britânico (Idris Elba). Perseguidos por um grupo de pessoas com planos malvados, os dois políticos precisam aprender a se dar bem para salvar o futuro do mundo.

    O longa tem a proposta de ser uma comédia e ação, e aproveita o carisma da dupla de protagonistas para construir momentos divertidos e que possam cativar a audiência. Essas duas figuras são o centro de toda a construção da história, tendo pouquíssimas cenas em que um dos dois não está em tela. Ao término da produção, é mais fácil você lembrar dos nomes de Elba e Cena do que de seus personagens, tendo um efeito muito similar ao que acontece no filme Wolfs.

    Essa ideia de duplas de heróis improváveis realmente rende frutos aqui, pois os atores têm uma ótima química juntos. Não é a primeira vez que vemos a dupla em uma mesma produção, já que ambos estiveram em O Esquadrão Suicida, longa do diretor James Gunn lançado em 2021. 

    Naishuller, sabendo os talentos que tem em mãos, utiliza da simpatia de ambos para criar cenas engraçadas e ancoradas na suspensão da descrença. É um daqueles filmes pipocas que condensa várias situações que você já viu, mas exploradas de formas diferentes e garantindo o resultado mais previsível possível.

    O roteiro por si só, por mais cadenciado que consiga ser, é uma coletânea de pequenos acontecimentos de pouco impacto, reservando as grandes reviravoltas e explicações para os últimos minutos do filme. Tudo segue uma estrutura amplamente conhecida, sem grandes riscos. O ritmo funciona num geral, e o desenrolar da história entre Will e Sam também. Porém, pouco fica gravado na memória após o término da exibição.

    Os personagens secundários aqui não possuem nenhuma base para desenvolvimento, nem mesmo o vilão. Paddy Considine possui pouquíssimas falas, sendo um personagem que não encontra espaço para explicar suas motivações e nem fazer aquele discurso motivacional que estamos acostumados em filmes do tipo. 

    Desta forma, Chefes de Estado acaba divertindo muito mais por seu elenco principal do que por sua história em si. A participação de Jack Quaid, por exemplo, acaba sendo realmente um destaque nesse sentido, mesmo que dure poucos minutos. Assim como seus colegas de cena, Quaid possui uma grande presença em tela e tem as habilidades cômicas necessárias para roubar o brilho para si.

    No fim das contas, Chefes de Estado é uma grande costura de cenas de ação e alguns momentos de comédia, tendo em seu elenco o seu grande ponto forte. Os takes de ação apostam em grandes explosões e sequências de perseguição, enquanto o roteiro tenta amarrar todas essas situações com algumas explicações simplificadas sobre como funciona a política mundial.

    Um entretenimento leve e previsível, mas que pode ser uma escolha para quem gosta de filmes do gênero.

    Veredito

    Chefes de Estado se apoia no carisma de seus protagonistas para entregar um filme de ação e comédia que não se leva muito a sério. É verdade que tem muito mais ação do que comédia, o que é uma pena, mas a simpatia de Idris Elba e John Cena, além de sua ótima química em tela, pode arrancar algumas risadas do público. 

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

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    Assista ao trailer:

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