Black Mirror, série original da Netflix, estreou sua sétima temporada no dia 10 de abril. A produção, criada por Charlie Brooker, conta com seis episódios em seu novo ano e traz em seu elenco principal Cristin Milioti, Awkwafina, Paul Giamatti, Issa Rae, Will Poulter, Peter Capaldi, Emma Corrin e Rashida Jones.
Confira nosso review completo da temporada.
Sinopse da sétima temporada de Black Mirror
Confira seis histórias em que a tecnologia é o centro dos acontecimentos das tramas.
Análise
A série que agora faz parte dos originais da Netflix se tornou um dos grandes produtos da cultura pop na atualidade. Diversos projetos utilizam a antologia tecnológica como base, o que torna a responsabilidade ainda maior para os realizadores.
A sétima temporada de Black Mirror trouxe à tona reflexões contemporâneas em seus episódios, uma vez que assuntos como gaslighting, que a grosso modo seria como chamar uma pessoa de louca, é a temática principal de Betê Noir.
A produção também traz a metalinguagem no roteiro do primeiro capítulo, pois há a questão da diminuição de qualidade em serviços essenciais que acabam se tornando mais caros, assim como streamings que inserem anúncios para baratear os planos de assinatura.
A tecnologia nos assusta à medida que avança e aqui não é diferente. Um dos episódios mais interessantes, sem dúvidas, é justamente o primeiro, Pessoas Normais, que aborda diversas questões importantes.
É impactante por mostrar como temos que nos virar em um sistema que exige o máximo de um ser humano, visto que um dos personagens tem que ir até às últimas instâncias da dignidade para poder pagar o tratamento de sua amada, fazendo uma dura crítica ao sistema de saúde dos Estados Unidos e, de quebra, ao consumismo e sadismo da sociedade, que se aproveita da fragilidade das pessoas para explorá-las.
Um ponto relevante é dizer que nenhum dos episódios de Black Mirror em seu novo ano é extremamente marcante como em outros anos, tampouco não há nenhum que seja abaixo da crítica. Desta forma, a temporada é bem regular, com a parte técnica sendo ótima novamente, contando com boas atuações e uma direção bastante competente.
Visualmente, a série continua com bastante primor técnico, com efeitos digitais caprichados, principalmente em USS Callister: Infinity e Hotel Reverie, que são sensacionais na direção de arte.
Veredito
Black Mirror continua relevante, navegando em águas tranquilas, sem se arriscar muito como em anos anteriores, o que a torna um bom entretenimento com reflexões importantes.
3.8/5.0
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Confira o trailer:
