Round 6 entrou em sua segunda temporada em 2024 com sete episódios inéditos. Eles estão todos disponíveis no catálogo da Netflix.
Sinopse
Gi-hun (Lee Jung-jae) quer se vingar da equipe dos jogos e acabar de vez com o sadismo dos poderosos. Agora, ele tem que jogar mais uma vez para destruir o sistema.
Análise da segunda temporada de Round 6
Round 6 é um dos maiores fenômenos da história do streaming, angariando muitos fãs ao longo do tempo.
Com pouco investimento em marketing e no produto, era inevitável a chegada de uma segunda temporada, o que foi feito após três anos de espera.
Entretanto, se por um lado é um fato de que esteticamente a série continua impecável, com uma fotografia incrível, design de som poderoso e detalhes interessantes que são bem elaborados, por outro, faltou bastante criatividade para guinar uma nova história, o que é a grande falha de Round 6 em seu segundo ano.
Estávamos ansiosos pela vingança de Gi-hun. Seu arco poderia ter sido concluído, mas a decisão de fazer os realizadores dos jogos pagarem por seus crimes é deveras hipnotizante se fosse bem trabalhada.
Haviam várias peças no tabuleiro como, por exemplo, o detetive Hwang Joo-Hoo, interpretado por Wi Ha-Joon, que tem uma trama secundária que tinha tudo para ser central, uma vez que agora ele descobriu que o irmão é responsável pelos jogos.
Mudando a perspectiva e trazendo novos ares, Round 6 poderia ficar ainda mais complexa, com várias frentes de atuação.
Todavia, tudo é superfluo, com pouco desenvolvimento, com uma história que copia o que foi feito no primeiro ano, sem aprofundar nenhum arco.
Temos Gi-hun mais uma vez jogando por sua vida. Um personagem infiltrado que está ali para atrapalhar”com direito a uma cena em que ele troca de roupa para executar um grande plano.
No que se refere a investigação, fica mais evidente a falta de convicção dos realizadores, ao nào andar um passo à frente sequer. Hwang Joo-Hoo fica uma temporada inteira sem fazer absolutamente nada de relevante.
A história da funcionária 11, uma norte coreana que desertou e deixou seu filho para trás tinha potencial, que é completamente desperdiçado após dois episódios. O seu remorso e pensamento crítico se vão logo que é confrontada, colocando em xeque uma excelente alternativa de história, uma vez que veríamos com ainda mais detalhes o game por dentro.
Ao invés disso, temos novos coadjuvantes e vilões sem carisma, jogos que não são tão divertidos e mais do mesmo, com apenas alguns momentos maiores, mas sem o mesmo impacto por conta de personagens quase irrelevantes.
O que fica é que esta segunda temporada veio para ser uma transição para um final épico, uma estratégia interessante do ponto de vista comercial, mas frustrante no aspecto de desenvolvimento de roteiro, o que é uma pena para um material tão bom.
Veredito
Com seu potencial desperdiçado, Round 6 entrega um segundo ano meia-boca, uma espécie de cópia menos refinada de sua primeira temporada. Esperamos um final bombástico que justifique tanta enrolação.
2.0/5.0
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