The Boys chegou em sua quarta temporada com as adições de Jeffrey Dean Morgan, Susan Heyward e Valorie Curry. Todos os episódios estão disponíveis no Prime Video.
Sinopse
Liderados por Leitinho (Laz Alonso), os Rapazes tentam a sua cartada final para acabar com Vought. Entretanto, o Capitão Pátria (Anthony Starr) se movimenta para tornar os supers ainda mais importantes no mundo.
Análise da quarta temporada de The Boys
The Boys se tornou uma das séries mais aguardadas do ano por muitos méritos ao pegar o material original e melhorá-lo de uma forma que nos engajássemos com as histórias de todos os personagens.
Em seu quarto ano, o seriado da Prime Video deu voz e mais nuances, quase como um fechamento para que eles possam ter finais drásticos na última temporada.
O sentimento que tivemos após o oitavo episódio é de que tivemos um filler, ou seja, a história canônica ficou em segundo plano para termos um pouco mais de contexto, o que teve repercussões positivas e negativas.
De positivo, o texto e a direção estão extremamente afiados, entrando de vez na zoeira e caos que os quadrinhos de Garth Ennis e Scott Darickson sempre tiveram, com um humor ácido, sangue escorrendo pela tela e um ataque direto à extrema-direita mundial, principalmente a estadunidense.
As peculiaridades deixaram The Boys mais hilária do que nunca, uma vez que os absurdos são bem mais próximos da realidade. Hoje, acreditar em terra plana, chips em vacinas e em diversas teorias da conspiração é mais palpável do que um homem saindo voando e soltando raios dos olhos, o que é mais assustador ainda.
A adição de Espoleta (Valerie Curry) a este contexto é algo que deu ainda mais força para o arco dos “patriotas”, pois ela é a personificação de quem manipula as massas de pessoas que tentam acreditar no improvável para ter um propósito, mesmo que seja odiar tudo que eles não concordam.
Já Susan Heyward dá um toque vilanesco interessante em Mana Sábia, mesmo que a personagem seja desperdiçada nos episódios finais, se tornando uma espécie de facilitação de roteiro ambulante, assim como Jigsaw é em Jogos Mortais.
Jeffrey Dean Morgan deu seu ar cafajeste e charmoso para Joe Kessler, um personagem bem dispensável das hqs, mas essencial para o arco de Bruto na série. Seu aproveitamento é interessante, mas não tão satisfatório.
O ritmo dos episódios foi sensacional e com certeza algumas cenas vão ficar marcadas em nossas mentes, principalmente uma envolvendo o Homem-Múltiplo, um episódio sobre o Tek Knight e outro com animais supes que extrai o nonsense exagerado de The Boys.
O único que teve um arco decente de desenvolvimento e saiu muito melhor do que entrou foi o Trem-Bala, com um show de Jessie T. Usher, que conseguiu se redimir e mostrar que sim, ainda podem existir heróis com super-poderes que façam a diferença. Suas cenas foram marcantes e a parte mais catártica da temporada foi dele.
Entretanto, se formos pensar de forma racional, a trama andou tão pouco que foi um pouco decepcionante.
Tivemos algumas briguinhas ali, outras acolá e, no fim, o que recebemos foi um grande preparo para o fim.
As cartas estão na mesa e as peças posicionadas, mas por que usar uma temporada inteira para isso? Gen V já tinha deixado o caminho das pedras pronto para uma quarta temporada bombástica e cheia de grandes feitos, contudo, o que sobrou foi uma diversão juvenil e que foi um excelente entretenimento, e nada mais.
Veredito
The Boys entregou seu ano mais zoeiro e menos consistente, o que não é tão negativo para aqueles que buscam uma boa diversão e uma última volta no parquinho até a destruição em massa que será a quinta temporada. O final será épico, mas a jornada está sendo muito interessante.
3.8/5.0
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Assista ao trailer:
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