A Primeira Profecia ou The First Omen é uma prequela do filme de 1976 e é dirigido pela estreante Arkasha Stevenson e conta com a brasileira Sônia Braga no elenco.
Texto escrito em colaboração com Viviane Pasin.
Sinopse
Uma noviça começa a questionar sua própria fé ao descobrir uma conspiração maligna na igreja de Roma.
Análise de A Primeira Profecia
A Primeira Profecia veio quando ninguém esperava e me surpreendeu bastante pela qualidade, principalmente na direção talentosa de Arkasha Stevenson.
De negativo, temos os bons e velhos clichês, com personagens unidimensionais e alguns sustos baratos dispensáveis, além das decisões equivocadas de sempre que ocorrem nos terrores de shopping center.
Não há a mesma técnica de ambientação e som do clássico setentista dirigido pela lenda Richard Donner, o que pode ser ruim para os fãs da obra original.
Isto posto, o longa possui bons elementos que constroem uma narrativa simples, mas coesa e com excelentes sacadas que nos desafiam a nos manter com a mente intacta, principalmente no terceiro ato.
A narrativa é clara, sem rodeios e mostrando bastante da forma correta, sem exposição desnecessária. Existem furos, todavia, nada que atrapalhe a experiência do espectador.
É curioso como a atmosfera criada inicialmente não traz a tensão habitual da franquia A Profecia, que é lotada de momentos brutais e atuações enérgicas.
As escolhas da diretora em um primeiro momento causam estranheza, contudo, tudo se justifica no final, com reviravoltas de tirar o fôlego.
O grande destaque vai para a atriz Nell Tiger Free que consegue entregar uma atuação poderosa, com muito controle de sua personagem que é a protagonista da trama. Ela consegue carregar o filme com segurança.
Veredito
Prequelas de grandes franquias sempre nos deixam com um pé atrás, porém, A Primeira Profecia consegue trazer novos elementos para seus antecessores sem estragar o cânone. O filme é uma grata surpresa e vai agradar bastante gente após a sessão.
3,9/5,0
Confira o trailer: