Hunt the Night é um RPG de ação inspirado nos jogos retrô de The Legend of Zelda e com temática em homenagem a Bloodborne que chega para PC (Steam, GOG e Epic Games) em 13 de abril de 2023.
O jogo é desenvolvido pelo estúdio espanhol Moonlight Games e publicado pela DANGEN Entertainment. Hunt the Night também está previsto para ser lançado para consoles, mas ainda sem data definida.
Com jogabilidade ágil, árvore de habilidades e temática sombria, Hunt the Night é um jogo onde controlamos a personagem Vesper, uma virtuosa integrante dos Espreitadores. A exploração acontece no vasto mundo Medhram, cheio de adversários assustadores e ruínas que tem potencial para agradar os fãs das dungeons de Zelda.
A narrativa se passa na 9ª Era da humanidade. O ciclo do dia é governado por humanos, o da noite por criaturas horrendas. Apesar dos esforços, a humanidade é aniquilada a cada chegada da Noite.
Os Espreitadores são o grupo de humanos que descobriu como usar o poder das trevas a seu favor e para lutar contra a Noite. Mas isso não foi suficiente, e a cada novo amanhecer a humanidade ressurge sabendo que, com as trevas, vem a extinção.
Cabe a Vesper, uma Espreitadora por direito e filha do traidor, viajar pela terra moribunda para tentar salvar o que resta da humanidade.
Análise de Hunt the Night
A equipe de desenvolvimento de Hunt the Night descreve o jogo como uma carta de amor a The Legend of Zelda e Bloodborne. De fato, as referências à Zelda são bastante evidentes desde o seu visual, passando pelos inimigos, pela experiência desafiadora e, principalmente, por causa dos ambientes que se equivalem às dungeons do clássico da Nintendo em 16-bit.
Por sua vez, a inspiração em Bloodborne passa especialmente pela temática sombria, pois o jogo da Moonlight Games é em 16-bit e com visão de cima, enquanto o jogo da FromSoftware é com a câmera atrás do personagem, visão clássica da saga Souls. O novo game indie também conta com inventário e árvore de habilidades adaptados dessa série.
Os primeiros passos em Hunt the Night são tutoriais super objetivos já ambientados num contexto similar aos desafios que virão a seguir. A etapa inicial também contextualiza rapidamente a história, que passa a ser detalhada à medida que você encontra penas brilhantes espalhadas pelo cenário.
O combate ágil visto de cima é bastante preciso e mescla golpes de curta distância com tiros de armas ou arco e flecha. Cada combo com os golpes próximos recarregam uma munição do armamento de longo alcance. Essa mistura torna a experiência bem dinâmica, algo que eu gostei muito.
Além disso, Vesper possui três granadas para envenenar inimigos, e três rosas que recarregam 20% da vida (representada pelo sangue). Vida e arsenal podem ser recarregadas nos save points, então essa dinâmica exige que você sempre use seus recursos com atenção e estratégia.
A Moonlight Games recomenda que o jogo seja jogado com controle e fones de ouvido. De fato, o controle faz toda a diferença para que Hunt the Night ofereça uma experiência mais fluida.
Sobre os fones, é realmente válido usar, pois a trilha sonora é muito boa e algumas cavernas são mais imersivas se você estiver com o som direto nos seus ouvidos. Mas se não puder jogar de fones, não se preocupe, pois a qualidade sonora é um bom destaque do game.
A árvore de habilidades de Vesper também é um fator importante, pois permite que cada pessoa tenha sua própria gameplay. Além disso, é possível perder a oportunidade de pegar alguns itens, então busque falar com todos NPCs e fique de olho em cada canto dos ambientes, especialmente dos mais escuros.
Pontos negativos de Hunt the Night
Embora seja um jogo muito bom que bebe de fontes que marcaram época no mundo dos games, Hunt the Night possui problemas e bugs.
O principal problema é a ausência de mapa. Por mais que a experiência lembre The Legend of Zelda: A Link to the Past em muitos momentos, não ter um mapa como o existente no clássico da Nintendo desvaloriza um pouco a exploração. Entretanto, diferente do Zelda para Super Nintendo, Hunt the Night oferece fast travel em alguns save points, o que é bastante útil.
O game ainda apresenta alguns bugs. Eu tive um save corrompido durante meu período para avaliar. Felizmente a equipe da Moonlight Games se mostrou muito atenciosa e buscou me ajudar, o que eu acredito que seja um bom indicativo de que estarão de olho no feedback da comunidade e tentarão resolver eventuais novos problemas com agilidade.
Conforme a desenvolvedora, o bug do save será corrigido já no patch de lançamento, então você não precisa se preocupar.
Outro bug que enfrentei é referente à habilidade que invoca Umbra, uma espécie de fantasma de Vesper. Em um ponto específico nas Entranhas da Terra consegui fazer ela passar para um terreno mais alto, e na sequência boa parte do mapa ficou preto.
Outro problema menor que vivenciei foi num combate em uma área pequena que, por vezes, Vesper não avançava com seu dodge, como se estivesse batendo em algo, mas não havia nada para bater. Por ser um ambiente reduzido, acabou tornando mais desafiador vencer os inimigos, mas foi algo que aconteceu pontualmente.
Veredito
A interessante proposta de Hunt the Night, de mesclar os jogos 16-bit de The Legend of Zelda com a temática sombria de Bloodborne, deu origem a um bom jogo desafiador com potencial de agradar amantes de RPG de ação com combate ágil.
Também é um prato cheio para fãs de ambas franquias, em especial para quem ama os desafios das dungeons clássicas de Zelda.
3,8 / 5,0
Assista ao trailer de Hunt the Night:
Ficha técnica de Hunt the Night
Lançamento: 13 de abril de 2023
Desenvolvido por: Moonlight Games
Publicado por: DANGEN Entertainment
Plataformas: PC via Steam, GOG e Epic Games Store
Número de jogadores: 1
Gêneros: 2D, Gótico, RPG de Ação, Soulslike
Idiomas: Português, Inglês, Espanhol, Japonês, Francês, Alemão, Coreano, Polonês, Russo, Chinês simplificado, Chinês tradicional
Preço: R$ 59,99
