Ruptura chegou em seu segundo ano sendo um fenômeno do Apple TV+. A série conta com Adam Scott e John Turturro no elenco e com Ben Stiller por trás das câmeras.
Sinopse
Mark (Adam Scott) e seus colegas enfrentam as consequências de desafiar a separação entre suas vidas pessoais e profissionais.
Análise da segunda temporada de Ruptura
Ruptura se tornou uma febre na população mundial por conta de sua trama enigmática, excelentes personagens e uma direção extremamente precisa que sabe muito bem aonde quer chegar.
Quando tivemos a estreia da série em 2022, ela foi conquistando de mansinho o público e conseguiu o feito de manter as pessoas com bastante interesse por três anos, um hiato considerável para séries estadunidenses.
Chegamos em 2025 e a espera foi compensada com uma temporada poderosa, mas que teve alguns problemas consideráveis que não podem ser ignorados.
Começando por eles, a sensação de pouca entrega e muita espera é inegável. Parece que sempre teríamos um grande acontecimento, mas vinha sempre um episódio para esfriar os ânimos e deixar o público com mais dúvidas do que respostas, o que é bem frustrante.
Entendo que foram prometidas até cinco temporadas, o que faz com que os roteiristas desacelerem a trama, algo justo, contudo, que poderia ser melhor trabalhado.
A sensação é de que os 10 episódios poderiam tranquilamente ser reduzidos a oito sem nenhum problema narrativo.
Além disso, Cobel, interpretada por Patricia Arquette, foi uma personagem subutilizada, o que é uma pena, pois se trata de uma excelente peça na história, uma vez que seu potencial foi completamente desperdiçado, colocando a apenas em momentos mais cruciais, deixando-a de lado em cenas importantes.
De positivo, há uma clara evolução no núcleo principal de Ruptura.
Dylan, Irving, Helly, Milchick e Mark foi essenciais para o sucesso da temporada, principalmente os três últimos, que receberam atuações impecáveis de Britt Lower, que entregou uma grande dicotomia como Helena e Helly R, Trammel Tillmann, que precisa de uma indicação para ontem em grandes premiações por sua performance brilhante como um vilão cheio de camadas e de Adam Scott, que consegue mostrar uma dualidade poderosa com seus “Marks”.
Roteiro e direção conseguiram nos intrigar e também nos irritar e nos fazer refletir em vários momentos. A história acelerava bastante, como nos episódios 4 e 7, que são espetaculares em execução, trazendo temas relevantes e criando uma evolução constante, assim como os episódios 2 e 8, que desviaram a trama do que realmente importa, parecendo grandes fillers.
Um dos principais triunfos de Ruptura, sem dúvidas, foi as diversas teorias que foram plantadas na cabeça do espectador. Por mais que o texto seja complexo, a forma como é trabalhado e as questões filosóficas que levanta como, por exemplo, a importância do trabalho nas nossas vidas, o conceito de identidade, as catas sociais e até mesmo o menosprezo pelos menos afortunados foram trabalhados de forma sublime, deixando Ruptura no topo dos melhores projetos da atualidade com méritos.
Veredito

Brilhante e cheia de mistérios, Ruptura entrega um grande ano, mesmo que, em alguns momentos, fruste seu espectador com paradas às vezes desnecessárias.
A série do Apple TV+ chega ao topo como uma das melhores da atualidade com méritos, pois traz mistérios e um engajamento poderoso no qual temos o prazer de fazer parte.
4.0/5.0
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