Rick e Morty entrou em seu oitavo ano com 10 episódios disponíveis no HBO Max. A série é uma criação de Justin Roiland e Dan Harmon e é uma animação da Adult Swin.
A animação chega em sua oitava temporada e entramos naquele período em que outros exemplos como Os Simpsons, Uma Família da Pesada e South Park chegaram: o de que podemos ver mais e mais episódios por vários anos sem que a qualidade caia drasticamente.
Agora, Rick e Morty fazem aventuras por centenas de dimensões, lidando com versões multiversais de si mesmos e com problemas no seio familiar.
O mote tem sido o da relação do octogenário super inteligente Rick e sua filha Beth, quase transformando o programa em Rick e Beth, já que Morty se tornou um dos personagens menos trabalhados, principalmente no oitavo ano.
O nosso protagonista coroa é um pai ausente e extremamente egoísta e isso respingou em sua filha, que é quebrada emocionalmente e tem um quadro profundo de depressão, escondido pelo seu alcoolismo e niilismo.
No oitavo episódio, temos a prova de como Beth sente falta de sua infância, além de apresentar traços problemáticos de psicopatia por um profundo vazio. Sua busca por atenção é tamanha que ela vai ao extremo, tentando destruir seu pai para lhe dar uma lição.
No que se propõe em entreter, Rick e Morty funciona bem, uma vez que sabe se autorreferenciar e também se utiliza de assuntos do momento para tirar sarro como, por exemplo, da rixa entre os fãs do Superman de Zack Snyder contra os da nova versão de James Gunn ou até mesmo a nostalgia, elemento fundamental nas tramas de Rick, Beth e Jerry.
O humor ácido continua forte, cercado de uma violência gráfica que serve como base para o choque visual, aliada a galhofice. Nada que acontece abala os personagens, que já se acostumaram com os absurdos intergalácticos, o que nos faz também ter a mesma sensação, embora fiquemos perplexos com a sagacidade do roteiro de criar invencionices cada vez mais surreais para escalar ainda mais o entretenimento.
Veredito

Rick e Morty se abraça cada vez mais no absurdo para abordar problemas familiares de uma forma bastante nonsense que funciona na maioria do tempo.
Por mais que pareça existir um certo esgotamento, a série conseguiu chegar em um patamar elevado, com fãs que saboreiam cada minuto de um universo cheio de loucuras espaciais e multiversais.
4.0/5.0
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