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    REVIEW – Metal Gear V: The Phantom Pain é um encerramento digno da grandiosidade de sua franquia

    Metal Gear é um universo que consolidou-se ao longo de décadas colocando o gênero stealth em evidência, além de uma história complexa, densa e muito bem construída a cada novo capítulo que surgiu.

    O último capítulo desta grandiosa franquia foi Metal Gear V: The Phantom Pain lançado em 1 de setembro de 2015 para PlayStation 4, Xbox One e PC. Atualmente o jogo esta disponível via Steam e já foi um dos jogos gratuitos da assinatura psn plus durante o ano de 2017.

    O jogo é desenvolvido pela Kojima Productions  fundada em 2005, mas creditada pela Konami como desenvolvedora de todos os jogos da franquia Metal Gear, além de outros títulos como Policenauts e Zone of The Enders. O responsável pela produção, roteiro e direção de Phantom Pain é Hideo Kojima, que posteriormente ao tornar seu estúdio independente desenvolveu Death Stranding em 2019, sua vindoura sequência  como um novo jogo para Xbox.

    O estúdio também envolveu-se no segmento de cinema com a adaptação cinematográfica de Death Stranding, co-produzindo ao lado da Hammerstone Studios o projeto que ainda não tem previsão de lançamento.

    Apesar de todo o reconhecimento em torno da franquia o último capítulo houve diversos problemas entre a Kojima Productions e Konami responsável pela publicação. Sendo muitos deles relacionados ao desenvolvimento estrutural do jogo dividindo-o em dois capítulos denominados Ground Zeroes e Phantom Pain, além de críticas a respeito do visual da personagem Quiet interpretada por Stefanie Joosten.

    Estas divergências levaram ao fim a parceria entre desenvolvedora e publisher que ocorria desde 1987, além do resultado do cancelamento de um capitulo de Silent Hill que seria realizado por Kojima.

    O elenco é composto por Kiefer Sutherland que substituiu David Hayter como a voz do personagem principal Snake, Robin Atkin Downes (Miller), Troy Baker (Ocelot), Tara Strong (Paz) e a participação especial da cantora Donna Burke como a voz do dispositivo Idroid. Além da participação direta no jogo  é voz da música tema do título Sins of the father.

    Metal Gear V: The Phantom Pain segue as consequências do antecessor Ground Zeroes e Snake, protagonista da série, sendo acordado em um hospital de administração britânica após passar nove anos em coma. A trama se desenrola a partir dali, e mostra o personagem seu parceiro Kazuhira Miller (Kaz) e Ocelot  em busca de vingança contra a organização Cipher.

    Confira a análise do jogo para PlayStation 4.

    Análise de Metal Gear V: The Phantom Pain

    Metal Gear V The Phantom Pain

    Phantom Pain é um jogo que expande tanto em história quanto em jogabilidade o universo excepcional que Metal Gear construiu ao longo dos anos e as diversas gerações de consoles que surgiram neste período, sendo uma combinação ideal do que existe de melhor em sua evolução.

    Em sua jogabilidade o retorno do gerenciamento de base, utilizado anteriormente em Peace Walker, os elementos de rastreamento de Snake Eater combinam muito bem com o modo furtivo que exige atenção e cautela até para jogadores mais experientes da franquia.

    Inicialmente gerenciar tudo o que acontece além de ser o melhor infiltrador que puder durante suas missões inicialmente soa como altamente caótico. Entretanto o jogo permite que o player adapte-se a cada mudança ao seu tempo disponibilizando a história do jogo em listas com tipos diferentes de missões que podem ser executadas por Snake ou outros membros da sua Mother Base.

    O desempenho em missão varia entre S e E sendo o primeiro a nota de excelência durante sua performance em campo e a ultima a pior. Mas sair-se bem em missão não é apenas um artifício estético, mas rende recompensas que ajudam ao desenvolvimento da base como materiais, equipamentos e até voluntários a juntar-se a causa do lendário soldado Big Boss.

    Phantom Pain também possui uma plasticidade interessante quando fala-se em jogabilidade sendo por gênero e até pela própria marca que tornou a franquia uma referência um jogo furtivo. Entretanto sua jogabilidade molda-se ao estilo de cada jogador que pode optar em ser mais direto em uma missão enfrentando diretamente seus inimigos  e lidando com as consequência de chamar a atenção ou evitar o conflito e realizar o objetivo estabelecido.

    Realizar uma missão sem fatalidades é uma desafio interessante durante a trajetória de gameplay, sendo necessário realizar algum planejamento, analisar as opções que o local lhe oferece, escolher o equipamento adequado e ter atenção em seus movimentos.

    Outra novidade que torna o jogo interessante é a inclusão de um parceiro para as missões sendo inicialmente o D-Horse que ajuda em uma locomoção mais discreta pelo mapa além de D-Dog que pode ser adquirido durante a exploração além da a atiradora Quiet cuja funcionalidade tanto de reconhecimento quanto suporte durante confronto.

    Talvez o único ponto negativo em metal gear infelizmente gire em torno de Quiet, não como construção de personagem, seu conceito que realmente é impressionante ou sua função em jogo, mas no aspecto sexualizado que torna-se incomodo sendo a única personagem feminina de relevância do jogo.

    Esteticamente Phantom Pain é um jogo excelente e mesmo com o passar do tempo não se mostra um estilo tão datado. Além dos aspectos gráficos a trilha sonora é espetacular com grandes músicas da década de 80 e anteriores além de suas canções originais que são emocionantes.

    Em aspectos narrativos Metal Gear V: The Phantom Pain aborda a vigança utilizando como metáfora o conceito real da síndrome do membro fantasma para dar densidade emocional a sua história que irá seguir nove anos após o desastre ocorrido em Ground Zeroes e a destruição da Mother Base utilizada pela Militaires Sans Frontières em Peace Walker.

    Muitos elementos desta metáfora são evidentes no jogo através de seus personagens como Kazuhira e o próprio Big Boss que perdem seus membros fisicamente, mas a dor que realmente incomoda é a perda de pessoas que acreditavam nos ideais e a estrutura de amizade e confiança formada na antiga base.

    Assim como em toda a franquia fatos reais agregam para a construção ficcional da história do jogo e, neste capitulo, a guerra fria e o medo de ataques nucleares é o que situa o jogador sobre o que esta acontecendo no mundo.

    Além desta mescla que torna a história interessante as referências a cultura pop dos anos 80 são excelentes e vão além das músicas como, por exemplo, os Diamond Dogs equipe que remete a música do lendário artista David Bowie.

    Como história o título utiliza uma forma diferente de apresentar seus fatos utilizando-se de fitas cassete com conversas e explicações sobre os eventos do jogo. Algo que torna mais interessante para a experiência de jogabilidade pois é possível escuta-las enquanto realiza outras atividades.

    Veredito

    Metal Gear V: The Phantom Pain mesmo com tantas polêmicas durante seu desenvolvimento e mostrou-se um jogo excelente que envelhece muito bem ao longo de seu período pós-lançamento, com uma jogabilidade tão incrível quanto sua história que encerra de forma excelente todo o ciclo narrativo criado para a franquia.

    Nossa nota

    4,8/5,0

    Confira o trailer:

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