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    CRÍTICA – Top Gun: Maverick é uma viagem ao cinema oitentista

    Top Gun: Maverick é a sequência do blockbuster de 1986 e traz novamente Tom Cruise no papel principal. O longa concorre a categoria de Melhor Filme no Oscar 2023.

    Sinopse

    O Capitão Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise) comete um erro em uma missão e acaba sendo transferido de volta ao seu antigo time, o Top Gun. Lá, ele deve reabrir algumas feridas do passado ao treinar o filho de seu falecido amigo Goose, o Tenente Bradley “Rooster” Bradshaw (Milles Teller).

    Análise de Top Gun: Maverick

    Top Gun: Maverick é aquele tipo de filme que faz algumas pessoas, principalmente da Academia, vibrarem pelo seus sucesso e execução, uma vez que foge dos já cansativos longas de super-heróis que temos aos montes por ano.

    A obra atingiu o bilhão e foi uma surpresa para muitos, mesmo que suas qualidades justifiquem a chegada, mesmo que existam falhas na execução.

    De positivo, Tom Cruise dá um show com seu carisma e determinação, além de entregar cenas magníficas de ação que são de tirar o fôlego de quem está no cinema ou com uma tela de tv avantajada.

    A direção de Joseph Kosinski é excelente, com sequências poderosas e uma trilha sonora emocionante que nos deixa na ponta da cadeira. A canção Hold My Hand de Lady Gaga é incrível e faz jus a sua indicação ao Oscar.

    Contudo, se por um lado o filme funciona bem como uma memória nostálgica do cinema oitentista, ele também comete os mesmos erros do passado dessa linha de longas do gênero de ação da época.

    O roteiro é raso, trazendo a já batida premissa do protagonista que representa o passado versus o novo, uma analogia sobre a era dos streamings contra o cinema clássico. Maverick é interessante, mas seus pares nem um pouco. Cada personagem é um estereótipo ambulante.

    Para exemplificar: Jennifer Connelly é apenas a ficante do nosso herói e não tem nenhuma função narrativa. O personagem de Teller é o jovem revoltado que precisa se provar para manter o legado do pai e os outros são todos durões sem personalidade.

    A breguice toma conta o tempo todo com várias e cansativas simulações com uma entrega decente no final em uma missão que carece de perigo. Por mais que haja um esforço da direção, em nenhum momento tememos pela equipe, já que Top Gun: Maverick aposta muito no seguro, o que é um pouco frustrante.

    Veredito

    Top Gun Maverick

    Jogando simples, mas de forma até competente, Top Gun: Maverick agrada os mais saudosistas e apresenta aos jovens um pouco do que era feito nos anos 80. O longa é quase uma viagem ao passado, algo que sempre é bem-vindo na era da tecnologia e de tudo sendo entregue na velocidade de um caça supersônico.

    Nossa nota

    3,8/5,0

    Confira o trailer do filme:

    O longa está disponível do catálogo da Paramount Plus no Brasil.

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