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    CRÍTICA – The Flash é o velório do DCEU

    The Flash é o primeiro longa solo do Velocista Escarlate e traz o polêmico Ezra Miller de volta ao papel principal. A direção está na conta de Andy Muschietti, que fez It: A Coisa.

    Sinopse

    Barry Allen (Ezra Miller) é o homem mais rápido do mundo, mas não foi veloz o suficiente para salvar sua mãe de um terrível destino. Agora, ele tenta consertar o passado, contudo, o presente muda e ele luta contra o tempo para trazer tudo de volta ao seu lugar.

    Análise de The Flash

    O titulo parece sensacionalista meu caro amigo DCNauta, todavia, explico o porquê de ter escolhido essas palavras.

    The Flash é emocionante, cheio de lembranças do passado e homenagens ao legado que a DC construiu ao longo de décadas em sua trajetória.

    Temos momentos memoráveis sendo reproduzidos de tudo que aconteceu e até do que ficou apenas no papel e nisso, o longa funciona muito bem.

    Entretanto, uma coisa que venho notando há tempos no gênero de super-heróis é como recebemos pouco e temos que nos contentar com isso.

    A DC Comics é a maior empresa de quadrinhos, com os heróis mais marcantes da história. Sei que o Flashpoint é um arco extremamente difícil de ser adaptado pela quantidade de peças do tabuleiro que ele mexe, contudo, estava na hora de ser mais ousado.

    Trocaria tranquilamente participações incríveis como a de Keaton por uma batalha épica entre heróis e vilões já apresentados desde o Homem de Aço.

    The Flash é um filme muito apressado. Seu primeiro ato é bagunçado, com cenas descartáveis e demora bastante para entrar nos eixos.

    A partir do segundo ato, as coisas melhoram e isso se deve a excelente atuação de Michael Keaton como Bruce Wayne/Batman, pois domina a tela com sua imponência e Muschietti sabe disso.

    Aliás, algo super positivo é como o diretor trabalha bem os Homens-Morcego na trama. Tanto o BatAffleck quanto Keaton são as melhores soluções do longa e fico esperançoso com a ideia da Warner de colocar o cineasta na empreitada de fazer o novo filme do Cavaleiro das Trevas nas telonas.

    Se por um lado o Cavaleiro de Gotham funciona, a Moça de Aço deixa a desejar. Supergirl entra e sai da história como um Flash e, mesmo tendo uma importância gigantesca, parece ser um easter egg mal trabalhado. A má condução da família El nos cinemas tem sido um praxe nas produções da DC, uma vez que ninguém consegue fazer um Superman ou Supergirl humano como um símbolo de esperança, trocando a identidade acolhedora de Christopher Reeve, Melissa Benoist e Tyler Hoechlin por um rosto sisudo brucutu com o único propósito de ter cenas mais impactantes de batalhas com destruição em massa.

    A culpa não é de Sasha Calle, que tem potencial e poderia ser melhor, mas o roteiro lhe dá pouco para trabalhar e ela apenas consegue ser uma mulher durona sem.identidade.

    Falando do nosso protagonista, Ezra Miller não consegue entregar sua melhor atuação como em Liga da Justiça. Aqui ele é irritante e esquisito, me desagradando bastante em sua versão jovem, atingindo seu verdadeiro potencial apenas nos 20 ou 30 minutos finais de The Flash.

    A direção de Andy Muschietti é ruim, com um péssimo trabalho de CGI que é datado em 2023 com um aspecto de bonecos de massinha, algo que é completamente injustificável, visto que o cineasta fez um trabalho estupendo nos dois longas do palhaço Pennywise. Além disso, as cenas de ação são mal realizadas, com muitas cores, explosões e pouca noção de espaço, tampouco são memoráveis, exceto quando Batman está em tela.

    Falta coragem, ousadia em The Flash, uma vez que é um longa de despedida do DCEU que tinha um potencial altíssimo para ser um dos grandes longa-metragens de super-heróis, mas que falha por jogar demais no seguro, uma pena por tudo que foi construído pelo contestável trabalho de Zack Snyder, mas pelo menos com uma certa identidade.

    Veredito

    Com emoção, contudo, pouca inspiração, The Flash é menor do que deveria, o que é uma lástima para este calejado fã da DC. Se o longa fosse mais corajoso e focasse em uma proposta mais grandiosa, ele poderia ser um dos maiorais. Com o que foi feito aqui, a prateleira dele é a da mediocridade, no sentido bem literal da palavra.

    Nossa nota

    3,0/5,0

    Confira o trailer:

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