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    CRÍTICA – O Menino e a Garça traz jornada espiritual profunda e que encanta

    O Menino e a Garça (The Boy and the Heron) é o novo filme do lendário diretor e roteirista Hayao Miyazaki. A mais recente produção do Studio Ghibli chega oficialmente ao Brasil no dia 22 de fevereiro, mas algumas sessões especiais de pré-estreia já estão acontecendo em vários cinemas do país.

    O longa é um dos favoritos ao prêmio de Melhor Animação no Oscar deste ano. Confira nossa crítica sem spoilers da produção.

    Sinopse de O Menino e a Garça

    Depois de perder a mãe durante a guerra, Mahito muda-se para o campo. Lá, uma série de eventos misteriosos o levam ao lar de uma garça cinzenta, uma torre antiga, onde ele entra em um mundo fantástico partilhado pelos vivos e pelos mortos.

    Análise

    Os filmes do Studio Ghibli sempre prezam pela excelência visual e narrativa. Por mais que alguns títulos sejam menos interessantes do que outros, é fato que ao assistir um dos longas do estúdio você será impactado de alguma forma pela profundidade dos temas debatidos.

    Em O Menino e a Garça essa máxima permanece. Mantendo o humor clássico de suas produções, o novo longa de Hayao Miyazaki navega pela história de Mahito, um menino que perdeu a mãe durante a guerra em 1940 em um atentado ao hospital onde ela trabalhava.

    Após algum tempo, Mahito se muda de Tóquio para uma cidade do interior, local onde sua mãe nasceu e viveu durante a juventude. O pai dele agora está em um relacionamento com a irmã da mãe de Mahito, a senhorita Natsuko, que está grávida de seu primeiro filho.

    CRÍTICA - O Menino e a Garça traz jornada espiritual profunda e que encanta
    Créditos: Divulgação / Sato Company

    A mansão onde Mahito passa a viver é um lugar repleto de mistérios. Com várias senhoras vivendo naquele espaço junto com Natsuko, o local possui uma estranha torre escondida nos confins da floresta. O local chama a atenção de Mahito, principalmente porque uma garça começa a invocar sua curiosidade para visitar a torre proibida.

    Por fim, acompanhamos Mahito em uma jornada espiritual sobre o luto e autoconhecimento, com diversos elementos mágicos que compõem essa história. O primor gráfico de O Menino e a Garça é fascinante, mantendo o espectador imerso entre os vários arcos da trama.

    O subtexto também traz temas importantes, como as consequências da guerra e a busca pela criação de um mundo que consiga isolar a maldade, focando apenas no lado positivo.

    CRÍTICA - O Menino e a Garça traz jornada espiritual profunda e que encanta
    Créditos: Divulgação / Sato Company

    Apesar de achar o final do filme um pouco aquém do esperado, e que seu desenvolvimento possui certos excessos que causam confusão, a condução do longa é sólida, permitindo que cada personagem mostre seu diferencial e personalidades de maneira distinta.

    Eu assisti ao filme dublado e o elenco de voz brasileiro, mais uma vez, dá um show de interpretação. Destaque para o excelente trabalho de Arthur Salerno e Sergio Moreno como o Mahito e a Garça, respectivamente.

    Veredito

    O Menino e a Garça é mais uma ótima adição ao catálogo de filmes do lendário Hayao Miyazaki. Mesmo não sendo o melhor de sua filmografia, o longa possui um charme próprio e explora uma jornada espiritual de maneira profunda e eletrizante.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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