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    CRÍTICA – Kung Fu Panda 4 evidencia saturação das franquias de animações

    Kung Fu Panda 4 está em exibição nos cinemas brasileiros. O filme é codirigido por Mike Mitchell e Stephanie Ma Stine. No elenco brasileiro de dubladores estão Lúcio Mauro Filho, Danni Suzuki e Taís Araújo.

    Sinopse de Kung Fu Panda 4

    Após ser escolhido para se tornar o Líder Espiritual do Vale da Paz, Po (Lúcio Mauro Filho) precisa encontrar e treinar um novo Dragão Guerreiro, enquanto uma feiticeira perversa busca trazer todos os vilões-mestres já derrotados por Po do reino espiritual.

    Análise

    O cinema já provou inúmeras vezes que o quarto filme de uma franquia geralmente não funciona. Focando somente no mundo das animações, filmes como Toy Story 4 e Shrek Para Sempre mostram que, depois do terceiro longa, é fácil perder atenção e até mesmo deixar de se importar com os personagens.

    Infelizmente, o mesmo acontece com Kung Fu Panda 4. Dessa vez, o adorável e destemido Po não coloca “pra quebrar” e se perde em sua própria jornada.

    Lançado em 2008, Kung Fu Panda encantou crianças e adultos ao trazer às telas um panda lutando uma arte marcial milenar para se tornar um protetor. A saga divertida, engraçada e encorajadora ganhou seu quarto filme após oito anos da estreia do terceiro, em 2016, e levanta dúvidas.

    Agora, Po precisa escolher um sucessor para ser o Dragão Guerreiro e se tornar o líder espiritual do Vale da Paz. Mas é claro que o panda está relutante em abrir mão de todos os chutes, socos e golpes para começar a criar metáforas e dar conselhos. O esforço para trazer um certo tipo de significado para a existência desse filme é visível. Po está passando por dilemas internos e vê na raposa Zhen (Danni Suzuki) a oportunidade de ter sua última missão.

    A nova personagem é um agrado para a franquia, ainda que sua profundidade seja resumida em um único flashback. O mesmo acontece com a vilã da vez, A Camaleoa (Taís Araújo), que até poderia ser uma antagonista mais interessante se não fosse o preguiçoso roteiro em torná-la uma mera cópia dos outros vilões da franquia – e isso literalmente acontece na luta final do filme.

    Esses problemas de roteiro tornam a história um tanto quanto genérica e reciclada, levantando a questão do porquê da existência de Kung Fu Panda 4. Se houvesse ao menos uma atualização do estilo de animação do longa, tal como Gato de Botas 2, que também foi produzido pela DreamWorks, mas esse não é o caso.

    O filme do diretor Mike Mitchell mantém a mesma animação simples e colorida. Ainda que algumas cenas de luta evoquem certa originalidade em movimentos de câmera e surpreendam o espectador, é evidente que existe apenas uma resposta para um quarto filme sair do papel: o doce dinheiro de Hollywood.

    Veredito

    Apesar de seu elenco de estrelas tanto na dublagem internacional, como na nacional, Kung Fu Panda 4 não explica sua existência. Com uma história genérica, o filme tenta ganhar a simpatia com piadas prontas e se torna esquecível.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Kung Fu Panda 4:

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