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    CRÍTICA – A Última Casa no Topo da Colina é um trash divertido

    A Última Casa no Topo da Colina é um longa dirigido por Júlio César Napoli e conta com Sophia Santana no elenco. O filme independente foi apresentado no FANTASPOA 2024.

    Sinopse

    Um grupo de jovens está voltando de carona do interior e encontra uma menina na estrada. Após ajuda-lá, eles vão parar em uma casa com os familiares dela, o que fica macabro quando eles começam a morrer um a um.

    Análise de A Última Casa no Topo da Colina

    a última casa no topo da colina

    O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface causou controvérsia e muitos sentimentos em pessoas do mundo inteiro.

    No Brasil, um jovem diretor chamado Júlio César Napoli vendeu seu carro e conseguiu angariar 40 mil reais pensando em fazer um filme melhor, e não é que ele conseguiu?

    A Última Casa no Topo da Colina pelo seu valor de investimento é considerado um trash, pois, para o cinema, o custo é o famoso “troco de pinga”, já que é bem difícil contratar elenco, ter uma produção interessante, cenários extravagantes e outras coisas mais que são necessárias para um projeto decente.

    É inegável que a falta de grana é bastante notável, uma vez que os jovens atores são desconhecidos, o próprio diretor/roteirista/produtor não tem renome no mercado.

    De negativo, temos uma pilha de clichês que dificultam a imersão em alguns momentos para o espectador, visto que, para mim, foi bem difícil de me conectar com a trama ou personagens.

    Fora a extremamente carismática Natthália Goncalves, que faz um excelente trabalho aqui, a gente vê esforço e funcionalidade nos demais. A garota de apenas 15 anos entrega uma atuacão assustadora e merece atenção para mais projetos no futuro. Sua personagem possui diversas camadas e ela consegue entregar bem o que o papel exige.

    O maior trunfo está na direção de Napoli que consegue esconder bem a falta de recursos e entregar cenas sanguinolentas dignas de Damian Leone, o diretor da franquia Terrifier.

    Com muita inspiração em Tobe Hooper, Ti West e Wes Craven, o jovem diretor possui fagulhas de brilhantismo em alguns momentos, com boas sacadas e um exagero bem característico dos trashes de qualidade como Fome Animal e tantos outros.

    A trilha sonora funciona, a fotografia é bem ruim já que é bem nítido que faltou orçamento para algo melhor. O roteiro possui o básico do básico, o que torna A Última Casa no Topo da Colina um excelente entretenimento para quem busca um cinema mais underground.

    Veredito

    A Última Casa no Topo da Colina não vem para reinventar a roda, mas diverte por conta da breguice obscena de um filme que sabe aonde quer chegar e que não tem nenhuma pretensão de ser grandioso, o que é uma excelente sacada de um diretor que não se importa de ser ousado e tosco, no bom sentido da palavra.

    Nossa nota

    3.5/5.0

    Confira a entrevista de Sophia Santini para o canal da Emerald Corp:

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