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    Black Mirror – ranking de episódios da sexta temporada

    Black Mirror teve sua nova temporada na Netflix e causou uma sensação mista no público por conta de ser um ano bem diferente do usual, com episódios menos voltados à tecnologia e temáticas diferentes. Abaixo, vamos listar nosso ranking do pior ao melhor episódio, confira:

    5° lugar – Demônio 79

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    Abrindo a lista, temos Demônio 79, que conta com o excelente Paapa Essiedu (Men: Faces do Medo) e a ótima Anjana Vasan (Cyrano) como os principais personagens da trama.

    Nida (Anjana Vasan) é uma mulher indiana no Reino Unido que tem uma vida pacata e é praticamente invisível em um lugar preconceituoso e que a trata com desdém.

    As coisas mudam quando ela encontra um artefato amaldiçoado e conhece um demônio que lhe passa uma missão quase impossível: ela deve matar algumas pessoas para evitar o apocalipse na terra.

    O episódio é bom, tem um ritmo interessante e é bem equilibrado com terror e humor, todavia, é completamente fora de tom para Black Mirror, fugindo bastante da temática, o que foi bem divisivo para muitas pessoas.

    4° lugar – Mazey Day

    Contando com a maravilhosa Zazie Beetz (Deadpool 2) como protagonista, Mazey Day conta a história de uma paparazzi que começa a perseguir uma jovem atriz em crise após uma grande recompensa em dinheiro ser oferecida por fotos dela em reabilitação. Contudo, as coisas ficam sinistras por conta de um segredo macabro da popstar.

    Mazey Day tinha um grande potencial para falar sobre a megaexposição e como o fato da fama ser um fardo para pessoas que apenas queriam ser felizes em uma profissão que traz muita visibilidade.

    Se seguisse uma linha de narrativa parecida com a do episódio “Urso Branco” da segunda temporada, seria muito mais perturbador e interessante, entretanto, o final de Mazey Day é bizarro e causa estranheza ao invés de impacto, mesmo com uma execução excelente de Beetz no papel.

    3° lugar – Além do Mar

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    Um dos poucos episódios “bem Black Mirror” da temporada é Além do Mar, que conta com Aaron Paul (Breaking Bad: A Química do Mal), Kate Mara (House of Cards) e Josh Harnett (Uma Cidade Sem Lei) e conta uma linha alternativa temporal sobre a viagem espacial.

    Os astronautas Cliff Stanfield (Aaron Paul) e David Ross (Josh Harnett) estão em uma missão no espaço em 1969 e deixam réplicas suas na terra para viverem em dois mundos. Porém, Ross é atacado e tem sua família assassinada, o que o deixa perturbado demais para seguir a missão.

    Observando a situação, Cliff e sua esposa decidem ajudá-lo, deixando David assumir o corpo terráqueo de seu parceiro por um tempo, o que acaba causando problemas graves nessa experiência.

    O episódio conta com excelentes atuações, uma trama envolvente, mas previsível e um desfecho trágico, tudo que Black Mirror sempre trouxe aos espectadores. Só não foi o melhor da temporada, pois os dois acima da lista subiram a régua.

    2° lugar – Joan é Péssima

    O episódio mais divertido da temporada e extremamente Black Mirror foi o primeiro intitulado “Joan é Péssima”, que mostra uma história curiosa e incrível.

    E se você tivesse sua vida contada em uma série com um grande ator atuando nela? Você estaria tranquilo ou completamente tenso? Essa é a premissa de Joan é Péssima.

    Joan (Annie Murphy) é uma mulher comum e que tem decisões ruins ao longo do dia, como todos nós. Por conta de um contrato não lido, ela acaba tendo sua vida exposta em uma série criada por inteligência artificial, com todos os seus segredos contados as pessoas que conhece e desconhece.

    O episódio é uma doideira e conta com um texto cheio de metalinguagem, criticando a própria Netflix e o público que ama cancelar as pessoas por questões mundanas. A atuação de Salma Hayek como ela mesma e de Annie Murphy são a cereja do bolo para uma excelente narrativa.

    1° lugar – Loch Henry

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    O grande campeão da temporada de Black Mirror envolve quase nenhuma conexão com tecnologia, mas sua trama é tão sensacional que não poderia ser diferente.

    Loch Henry conta a história de um casal (Davis e Pia) de diretores independentes de cinema está disposto a fazer um documentário low profile até que uma visita à terra natal do rapaz muda o percurso deles com o intuito de fazer um true crime de um serial killer da região.

    Essa decisão, no entanto, vai ter consequência para sempre na vida dos dois, uma vez que um terrível segredo paira no ar desse caso macabro.

    Loch Henry é aquele tipo de episódio gostoso de ver, com um roteiro envolvente. Há uma crítica pesada aos espectadores do subgênero de crimes, pois eles mostram o sofrimento de quem está do outro lado do balcão e lida com as consequências dos atos de um assassino ou possui alguém que foi a vítima de tal tragédia.

    Loch Henry é um soco no estômago e tem um final sublime e surpreendente, ganhando a medalha de ouro da temporada.

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