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    CRÍTICA – Pearl é um show de Mia Goth na tela

    Pearl é uma obra prequela de X – A Marca da Morte, ambos dirigidos por Ti West e estrelados por Mia Goth. O filme é o segundo da trilogia que será finalizada com Maxxxine.

    Sinopse

    Pearl (Mia Goth) é uma jovem sonhadora que quer se tornar uma estrela no mundo do entretenimento. Entretanto, sua família conservadora desperta traços violentos e ela vai aflorando seu lado maligno em busca de seus objetivos.

    Análise de Pearl

    A dobradinha Ti West e Mia Goth tem rendido muitos frutos e os elogios tem sido mais do que merecidos.

    Em Pearl, os dois conseguem ir além em alguns aspectos comparados ao filme anterior, pois Goth entrega uma atuação monstruosa, muito bem conduzida por West.

    Temos cenas maravilhosas que nos remetem ao Mágico de Oz. A estética do longa é algo que enche os olhos, com figurinos bonitos e cheios de vida, o que deixa a obra ainda mais macabra.

    O roteiro aborda muito bem a jornada da protagonista que por conta da pressão de sua família conservadora e reclusa, vai alimentando ainda mais a sua psicopatia, tentando se libertar das amarras que não a deixam ser quem ela gostaria.

    O longa é cru, violento e é uma construção de personagem bem parecida com o Coringa de Todd Phillips. Pearl tem uma ingenuidade quase que infantil, o que a torna ainda mais perigosa, pois suas reações são extremamente intempestivas. Sofrem com isso os personagens secundários que até não conseguem encontrar tanto destaque por causa de uma Mia Goth completamente insana e que engole qualquer outro ator ou atriz do elenco.

    O sexo é muito presente aqui, mesmo que de forma menos explícita do que em X, mostrando os desejos mais sombrios de Pearl. Esses desejos demonstram como a queda da personagem pode ser vertiginosa, uma vez que a velhice a deixou ainda mais amarga e sombria ao longo do tempo.

    A direção consegue entregar boas cenas, mostrando o que precisa e deixando no subjetivo alguns momentos para que fiquemos imaginando o que aconteceu. A trilha sonora encaixa muito bem e traz tensão lá em cima, ainda mais misturado com a atuação da estrela de Pearl, sendo a cereja do bolo dessa jornada.

    Veredito

    pearl

    Pearl é brutal, cruel e nos faz ficar tensos desde o primeiro minuto. Ti West e Mia Goth surpreendem mais uma vez e a esnobada do Oscar para a atriz foi uma das grandes injustiças do ano, uma pena ara eles, mas um deleite para nós vê-la em tela.

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Confira o trailer:

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