Bom Menino é um filme de terror dirigido e escrito por Ben Leonberg e conta com o cachorrinho Indy como protagonista. A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para 23 de outubro de 2025.
O terror é o meu gênero favorito, e uma das suas maiores forças, sem dúvidas, é a criatividade de seus realizadores.
Pensando em projetos mais recentes, tivemos um filme contado de forma não linear, como Desconhecida; uma obra mostrada pela perspectiva do fantasma em Presença; e um projeto experimental que tem como proposta basilar o nosso medo do escuro em Skinamarink: Canção de Ninar, além de outros como REC e Atividade Paranormal, que ousaram com poucos recursos.
Bom Menino, assim como todos os exemplos citados, vai na mesma linha: baixo orçamento, poucos cenários e um protagonista improvável — Indy, um cachorro que deixa muitos atores experientes no chinelo.
Na trama, Todd (Shane Jensen) é um homem com uma grave doença que decide morar na antiga casa do avô falecido. Sua companhia é o fiel companheiro canino, que começa a ter experiências sobrenaturais, o que leva a uma investigação para tentar salvar a vida de seu dono.
Bom Menino se destaca pelo fato de toda a sua perspectiva ser a partir da ótica do doguinho, o que é um mérito da direção de Ben Leonberg.
Os enquadramentos são todos pela perspectiva de Indy, com a câmera seguindo o protagonista aonde ele for, mostrando suas reações extremamente genuínas.
O cãozinho expressa medo, excitação, raiva, decepção — tudo o que um ator completo precisa.
Há notícias de que foi extremamente difícil realizar tal feito, uma vez que foram necessários alguns anos filmando e treinando nosso herói para que ele apresentasse seu grande trabalho.
O diretor precisou se mudar para a locação original, no interior dos Estados Unidos, o que mostra a paixão pelo projeto.
Tal esforço valeu a pena? Sim, pois sem Indy, Bom Menino seria abaixo do comum. Sua trama é básica e cheia dos maiores clichês possíveis.
Um homem doente começa a ser atormentado por uma entidade sombria e a mudar seu comportamento, que passa a ser mais agressivo.
Junte isso a diversos sustos baratos, alucinações, CGI ruim e uma história rasa, e temos esta entrega.
Bom Menino é monótono, sem tensão, destacando-se apenas pela proposta incomum. Eu tenho cachorro e fiquei magnetizado por Indy descobrindo tudo e passando por todas as experiências que os humanos têm, o que é notável.
Algumas sacadas, como usar um cachorro fantasma que é uma espécie de guia espiritual do protagonista canino, são a cereja do bolo da inventividade da obra.
VEREDITO

Bom Menino tem como principal triunfo sua criatividade e a paciência dos realizadores.
Some-se a isso uma boa execução canina e temos, pelo menos, um longa-metragem curioso nas mãos.
3.0/5.0
Receba um resumo das principais notícias do entretenimento e uma curadoria de reviews e listas de filmes, séries e games todas as quartas-feiras no seu e-mail. Assine a Newsletter da Emerald Corp. É grátis!
Leia também:
CRÍTICA: o experimento não deu muito certo em Presença
CRÍTICA – Skinamarink: Canção de Ninar é divisivo e intrigante