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    CRÍTICA – Coração de Ferro mostra que a Marvel precisa se reinventar

    Coração de Ferro é a última série da Fase 5 da Marvel e conta com Dominique Thorne, Alden Ehrenreich e Anthony Ramos. Todos os seis episódios estão disponíveis no Disney Plus.

    A famigerada Fórmula Marvel está acabando com…a própria Marvel!

    Coração de Ferro veio para ratificar o que há anos se vê na Marvel: cansaço de fórmula e desperdício de bons personagens.

    Riri Williams, interpretada por Domique Thorne, merecia uma história melhor e mais bem desenvolvida, uma vez que com uma série de tiro curto que a própria Casa das Ideias renegou não foi o suficiente para nos dar o verdadeiro potencial da protagonista.

    Após os eventos de Pantera Negra 2, Williams agora quer se provar como uma grande cientista e inventora, buscando recursos financeiros para tal empreitada.

    Para isso, acaba se aliando a Capuz (Anthony Ramos), um homem misterioso que possui um artefato poderoso envolto em magia das trevas.

    A atriz entrega uma atuação segura, apresentando camadas como uma falsa confiança, seguida por uma forte insegurança e sentimento forte de insuficiência como pessoa.

    O fato de Riri se questionar se é uma boa pessoa ou digna de perdão é um dos pontos mais altos de Coração de Ferro, pois esse embate interno traz humanidade para uma das novas personagens femininas do MCU que costumam ser bastante castigadas por roteiros fracos e poucas características que as diferenciam.

    Um exemplo disso é a construção de Capitã Marvel, as Viúvas Negras, Gamora, Nébula e tantas outras que parecem estar dentro de uma forma.

    Se por um lado temos uma excelente heroína, por outro, nosso vilão é mais um da lista de esquecíveis.

    Anthony Ramos tenta trazer alguma identidade como Parker Robbins, o Capuz, mas além de não conseguir mostrar um bom trabalho como ator, ainda sofre com um texto ruim que faz o antagonista ser o mais genérico possível. Sua trama se resume a ganhar muito dinheiro, e nada além disso. Os seus comparsas de gangue conseguem ser mais interessantes que ele, mesmo tendo bem menos tempo de tela e pouquíssima exploração.

    Se tem uma palavra que resume Coração de Ferro é pressa, uma vez que os seis episódios são tocados a toque de caixa, com várias situações acontecendo de forma artificial e conveniências que aparecem a cada frame. Tudo acontece por acaso e por sorte, sem peso dramático o suficiente para nos manter envolvidos na história.

    A direção se salva, visto que cria boas cenas de ação e alguns momentos inspirados, mas não consegue fazer milagre com um material tão pobre.

    Veredito

    Mesmo bem produzida, Coração de Ferro carece de coragem de seus realizadores e é apenas uma marolinha dentro de um grande mar de filmes e séries.

    A pressa e falta de interesse por parte da Marvel em fazer o programa acontecer destruíram a base do material, o que é uma pena, pois Dominique Thorne trabalhou o suficiente para merecer mais.

    Nossa nota

    3.0/5.0

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    Assista ao trailer:

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