As Marvels é o mais novo longa do MCU e faz parte da Fase 5, que se iniciou com Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania. O longa é dirigido por Nia DaCosta (A Lenda de Candyman).
Sinopse
Por conta de um artefato e um buraco de minhoca, Carol Danvers (Brie Larson), a Capitã Marvel, Monica Rambeau (Teyonah Parris) e Kamala Khan (Iman Vellani), a Miss Marvel, acabam tendo seus poderes entrelaçados.
Para piorar a situação, uma poderosa Kree chamada Dar-Benn (Zawe Ashton) está atrás do bracelete de Kamala, e vai atrás da garota e de planetas para tentar restaurar sua terra natal.
Análise de As Marvels
As Marvels é um filme que sofreu um hate exacerbado por parte de “fãs” e muitos incels por conta de ser estrelado pela fortemente e injustamente contestada Brie Larson, que sofreu bastante por conta disso.
As últimas fases da Marvel realmente entregaram obras medianas e algumas abaixo do esperado, o que tem causado contestações em relação a famosa “Fórmula Marvel” de fazer cinema, e agora tv, que parece estar desgastada.
Esse desgaste está presente sim em As Marvels, uma vez que, mais uma vez, temos tudo que sempre vemos nos longas da Casa das Ideias: um vilão pavoroso de ruim, roteiro fraco, eventos de destruição em massa e resoluções bem anticlimáticas.
As Marvels tem diversos elementos de um filme de origem, com jornadas de herói, várias batalhas entre a vilã e as heroínas, um tempo de treinamento e a grande luta final. Está tudo aqui.
A pergunta que não quer calar: o projeto é esse desastre todo que vem sido falado? Acredito que há um grande exagero…
Primeiramente, a dinâmica entre as três protagonistas funciona que é uma beleza. Elas conseguem ser complementares em características e nas cenas de ação, conseguem ser ainda melhores, com uma direção precisa de Nia DaCosta que consegue fazer uma dos poucos longas do MCU com porradaria da boa, sem aquelas “pancadas fofas” que vemos por aí.
Além disso, a cinematografia e fotografia são excelentes, com um trabalho impecável de construção de mundo e um universo vasto. Os planetas que vemos aqui conseguem ser diferentes, mas belos em sua forma.
Sobre as atuações, Iman Vellani é o coração e certamente vai ter muito sucesso com seu carisma, talento e timing perfeito. Ela será um dos grandes trunfos para captar os mais jovens e cair no gosto da galera que já acompanha a décadas as jornadas dos heróis mais poderosos da Terra.
Teyonah Parris manda bem quando precisa, mas é subaproveitada por conta de ser uma fábrica de explicações para o público, se tornando a exposição do roteiro ambulante. Quando não tem essa função, entrega simpatia e imponência.
Já Larson e Samuel L. Jackson parecem cansados de seus papéis. É nítido o incomodo com a falta de aproveitamento e também com os roteiros fracos que eles recebem. Há um descontentamento e isso se reflete em tela, com apenas o básico sendo entregue de dois atores tão talentosos.
Os problemas estão no roteiro extremamente raso e que tem um bom primeiro ato e depois vai caindo de produção. Parece que o filme se enrola em dado momento e não consegue sair do lugar, quase tirando o espectador dele. No terceiro ato, as coisas dão uma melhorada e o que vem por aí deixa a gente empolgado por conta das diversas informações.
Por fim, a vilã Dar-Benn é qualquer coisa. Megalomaníaca, sem presença de tela, incoerente e quase descartável. Se não fosse sua força bruta, ela não seria um desafio tão complicado, ainda mais para três que possuem muito poder. A Capitã Marvel recebe uma nerfada do roteiro para poder ser encarada de igual para igual.
A pobre Zawe Ashton tenta entregar algo, contudo, sua composição é caricata demais, criando uma atuação esquecível.
Veredito
As Marvels não é uma hecatombe de ruindade, todavia, também não consegue ser bom. Tem acertos significativos, porém, as escorregadas são bem fortes.
O que fica, no fim de tudo, é mais um filme de super-herói que é esquecível, o que tem acontecido com certa frequência. Pelo menos, o longa traz esperança com o que está por vir, talvez, um dia, a Marvel volte para os trilhos.
3,5/5,0
Confira o trailer: