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    CRÍTICA – Five Nights at Freddy’s não consegue mostrar a que veio

    Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim chega aos cinemas de todo Brasil neste dia 26 de outubro. Protagonizado por Josh Hutcherson, o filme utiliza como base a ambientação criada pela franquia de videogames para contar uma história diferenciada.

    Confira abaixo nossa crítica sem spoilers.

    Sinopse de Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim

    Mike (Josh Hutcherson) é um jovem contratado para trabalhar como o vigia noturno do antigo restaurante familiar Freddy Fazbear’s Pizza, um lugar famoso por seus característicos animatrônicos que, quando chega a noite, se transformam em assassinos.

    Análise

    Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim parece um terror, se vende como um terror, mas se engana quem pensa que o filme é realmente desse gênero. Esse é um daqueles casos de produção que é vendida como um estilo e, na verdade, é outra coisa completamente diferente, o que pode causar uma certa indignação por parte do público consumidor.

    Contando a história de Mike, um trabalhador que precisa de dinheiro para sustentar sua irmã Abby (Piper Rubio), o longa é muito mais um drama familiar com uma side quest assassina do que, de fato, um filme aterrorizante.

    A confusão é, provavelmente, fruto da faixa etária da produção, que no Brasil está para maiores de 14 anos (e nos Estados Unidos possui classificação PG-13). Desta forma, o filme flerta com a possibilidade de uma trama mais pesada e intensa, mas a todo momento é puxada desse caminho por acontecimentos pouco importantes.

    Créditos: Divulgação / Universal Pictures

    O roteiro segue a receita previsível e clichê que você vê em qualquer outro filme: um mistério fácil de resolver, diálogos que deixam pistas a todo momento sobre o que você está prestes a ver, além da criação constante de situações que, se você pensar com um pouco de calma, acabam não fazendo muito sentido.

    Um exemplo está na personagem Vanessa (Elizabeth Lail), que é a responsável por garantir as explicações que irão preencher os espaços vazios da história. A necessidade de você ter um único personagem explicando e ditando o rumo do que vai acontecer a seguir já mostra o quão mal estruturada é a condução da história.

    O roteiro tenta utilizar elementos do primeiro jogo como base para criar essa nova história, mas não segue de fato o que foi totalmente estabelecido no cânone da franquia. Mesmo mantendo a essência da explicação original, o longa não faz nem esforço para desenvolver outros personagens além de Mike, que por si só já possui um desenvolvimento bem pífio.

    Além disso, os personagens passam mais tempo fora da pizzaria, discutindo assuntos triviais ou revivendo flashbacks do passado, do que realmente dentro do estabelecimento com os mascotes. Portanto, o tempo de ação e suspense é limitadíssimo e se perde um potencial imenso do filme.

    Se por um lado a história não é boa, pelo menos os visuais compensam. Os animatrônicos conseguem transitar entre fofos e assustadores, mesmo que em alguns momentos de ação os efeitos pareçam um pouquinho deslocados.

    Acho que o principal problema de Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim é que ele não consegue sequer divertir a audiência. Por mais que a trama tenha uma tendência mais para Scooby-Doo do que para um suspense sanguinolento, ainda assim era possível entregar uma produção engraçada e medonha. Entretanto, o filme infelizmente falha em prover qualquer tipo de diversão.

    Veredito

    Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim nunca consegue mostrar seu real potencial. Com uma trama clichê e pouco inspirada, o longa não assusta, não diverte e não se sustenta como produção.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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